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O primeiro álbum de Progressive House em português do Brasil

Aurora é o meu álbum de estreia composto por músicas eletrônicas do gênero Progressive House, de forma abrasileirada, com letras em português, o que torna este álbum o primeiro do gênero cantado no idioma do Brasil.

O álbum é uma releitura da clássica peça de Shakespeare: Romeu e Julieta. ​As histórias utilizam a atmosfera, as estrelas e a própria aurora boreal como pano de fundo, uma vez que a astronomia é a linguagem através da qual o casal, na obra original, expressa a intensidade de seus sentimentos e a premonição de seu fim.

Logo no início da peça, Romeu e Julieta são descritos como amantes marcados pelas estrelas, cujo destino está traçado por forças cósmicas e astrais que eles não podem controlar. O casal encontrava-se quase sempre à noite, e o amor deles é constantemente descrito como uma luz rápida e intensa que ilumina a escuridão. Todas essas definições cósmica, bela, luminosa e efêmera também são características da Aurora Boreal, por isso, escolhi o nome “Aurora” para este álbum como forma de simbolizar o amor entre Romeu e Julieta.

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As 15 canções retratam a história do casal pelo ponto de vista de Romeu, aqui ele é o Eu lírico. Cada faixa faz correlação com um momento da obra clássica, desde o primeiro amor de Romeu, antes de conhecer Julieta, até o trágico fim do romance:

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1. Os Céus Têm Planos Para Nós Dois

2. Intocáveis

3. Um Lugar No Tempo

4. A História Continua

5. Fantasia Flor

6. As Luzes Que Tocam O Chão

7. A Fotografia Que Eu Vou Guardar De Você

8. Amares

9. Sempre Ao Seu Lado

10. Amora

11. Nada Além De Nós Dois

12. Julieta

13. O Que Temos Para Acreditar

14. Poeira De Estrela

15. O Mundo Não É O Nosso Lugar

 

Das faixas 1 a 4 tem-se a tristeza da separação de Romeu com o seu primeiro amor, Rosalina, retratando a dor das lembranças e chegando à conclusão de que é preciso seguir em frente. Então, Romeu conhece Julieta. As canções de 5 a 11 descrevem esta fase de amor, insegurança e confronto. Esta é a maior parte do álbum, com 7 faixas que declaram o amor de forma positiva. As quatro últimas contam o momento trágico em que o casal decide tirar a própria vida. Esta fase é dramática, onde são abordadas as ideias da morte, da imortalidade da alma e do que existe num outro plano, finalizando com a esperança do amor continuar além desta vida.

 

COMPOSIÇÕES

Todas as músicas do álbum são 100% de minha autoria. Mesmo através de histórias literárias, meu objetivo é ser autêntico para transmitir verdade nas canções, por isso, componho aquilo que eu mesmo gostaria de ouvir.

Sou um apaixonado pela astronomia, então escrever as canções com essa temática foi algo bem satisfatório, ainda mais porque falar do universo, das estrelas, combina perfeitamente com a minha filosofia de vida sobre a imortalidade da alma. Dessa forma, a astronomia e a espiritualidade caíram como uma luva para representar o romance de Romeu e Julieta.

 

Para escrever este álbum, minhas inspirações vieram do rock mais clássico (Elton John, U2), do rock mais moderno (Coldplay, Oasis) e claro, dos artistas que são minhas referências globais do Prog House (Martin Garrix, Avicii, David Guetta, Swedish House Mafia). 

 

No Brasil, não encontrei referências no gênero, o que me possibilitou explorar temas, palavras, rimas e estruturas musicais com total liberdade. Desde o uso de palavras como "amares" (um termo inventado), ao malabarismo para encaixar o verso "tudo o que nos resta é transformar esse momento em eternidade, algo que pra sempre vamos nos lembrar" na métrica e ritmo de uma única frase. Dessa forma, tento deixar a minha "assinatura" na poesia da canção.

Uma preocupação que tive ao estruturar os temas das canções foi criar uma dinâmica no álbum. Assim como uma música tem seus pontos altos e baixos, o álbum como um todo também precisa ter uma variação para não soar todo igual. Dessa forma, nele existem canções de sofrimento e declarações de amor, umas bem dançantes e outras mais reflexivas. A experiência de ouvir este álbum do início ao fim leva o ouvinte do ápice da euforia ao questionamento sobre a própria existência.

Defino o estilo de composição do Aurora como narrativo, metafórico e romântico. Ou seja, histórias com início, meio e fim carregadas de analogias para retratar o amor de forma quase cinematográfica, fazendo o ouvinte "enxergar" cenários com estrelas, atmosferas e aurora boreal. A escolha de utilizar uma linguagem mais metafórica veio da natureza "mística" da própria música eletrônica. Eventos do gênero buscam transmitir a ideia de serem lugares "mágicos", um portal para outra dimensão (a Tomorrowland é a maior expressão disso), e as letras deste álbum espelham um universo de conto de fadas onde é possível viajar entre as estrelas maiores que o sol.

 

​Já a sonoridade era algo definido e indiscutível desde sempre: eu queria soar como Martin Garrix.

 

Garrix pertencer ao Progressive House e ser considerado o DJ #1 do mundo é um fato mercadológico muito conveniente para "vender" o potencial do álbum Aurora. Mas a verdade é que eu nunca nem tinha olhado para isso antes, eu sempre fui categórico em definir que essa seria a minha sonoridade porque eu acho ela f##a pra c#####o. Esse sempre foi o som que aumentou a minha pressão arterial por me fazer dançar sozinho no quarto me imaginando na Tomorrowland.

 

 

 

PRODUÇÃO

Como eu insisto em dizer: não sou DJ nem produtor musical (e também não compro beats prontos, a produção é feita sob medida para a minha composição). Então, tendo a meta de soar como o Martin Garrix, eu preciso contratar produtores especializados no gênero para criar a batida - e encontrá-los foi um baita desafio.

A produção de música eletrônica no Brasil tem mais foco no Brazillian Bass, Tech House e Deep House, que são os gêneros de Alok e Vintage Culture. A cena brasileira como um todo, apesar de ter variações, orbita predominantemente nessas mesmas vertentes. Por isso, eu não consegui encontrar produtores de Progressive House do estilo Martin Garrix no Brasil. Eu até contratei alguns que diziam produzir nessa vertente, porém os resultados sempre eram muito inferiores à referência Garrix.

Assim, a saída foi buscar produtores internacionais especializados no Progressive House tão popular nas pistas e festivais de todo o mundo. Como resultado, a produção deste álbum foi toda feita por produtores da Venezuela, Equador, Sri Lanka, Indonésia, Tailândia e outros países, através de uma comunicação sempre em inglês. Dessa forma, houve mais de uma dezena de produtores diferentes para finalizar o álbum.​

 

Sempre fui extremamente criterioso com a sonoridade das minhas músicas. Para mim, o som tem que ser marcante, ter identidade, e muitas produções soavam como beats pop genéricos, sem emoção, tanto de produtores brasileiros quanto de alguns estrangeiros. Por isso, por diversas vezes engavetei a produção de uma música e busquei um novo produtor para refazê-la do zero (por isso que contratei tantos produtores diferentes). "Os Céus Têm Planos Para Nós Dois" foi refeita 8 vezes, e a sua versão final ainda é uma combinação de duas produções diferentes. Outras canções seguiram o mesmo caminho. A qualidade da produção é inegociável para mim.

Por tudo isso, digo que a criação do Aurora foi um verdadeiro laboratório, tanto na composição quanto nas etapas de produção. Foi um árduo caminho de mais de uma década para chegar até aqui!

Veja o que vem após o sucesso do álbum Aurora 

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